What happens when you die? A poetic inquiry

Take a ride in Emily Dickinson's chariot.

Tradutor: Diogo Alves Revisora: Margarida Ferreira

Apanhem uma boleia na carruagem de Emily Dickinson.

But beware... there's no turning back.

Mas cuidado... não há viagem de regresso.

"Because I could not stop for Death" by Emily Dickinson

“Porque eu não podia parar para a morte”, de Emily Dickinson

Porque eu não podia parar para a morte Ela gentilmente parou por mim

Because I could not stop for Death – He kindly stopped for me –

The Carriage held but just Ourselves – And Immortality.

A carruagem só nos levava a nós duas E à Imortalidade.

We slowly drove – He knew no haste And I had put away

Seguíamos lentamente A morte nunca tem pressa

E eu deixei para trás O meu trabalho e o meu lazer

My labor and my leisure too, For His Civility –

Por uma questão de cortesia

We passed the School, where Children strove

Passámos pela escola, onde as crianças se divertiam

At Recess – in the Ring – We passed the Fields of Gazing Grain –

No recreio, no pátio Passámos pelos campos de searas

We passed the Setting Sun –

Passámos pelo Sol poente

Or rather – He passed Us – The Dews drew quivering and Chill –

Ou antes, ele passou por nós

Trémulas e friorentas surgiram gotas de orvalho

For only Gossamer, my Gown – My Tippet – only Tulle –

A renda fina do meu vestido O meu agasalho, apenas tule

We paused before a House that seemed A Swelling of the Ground –

Parámos diante de uma casa que parecia Uma elevação do solo

The Roof was scarcely visible – The Cornice – in the Ground –

O telhado quase não se via A cornija no solo

Since then – 'tis Centuries – and yet Feels shorter than the Day

Desde então — faz séculos — e contudo Parece mais curto que o dia

I first surmised the Horses' Heads Were toward Eternity –

Desconfiei logo que as cabeças dos cavalos Se dirigiam para a eternidade