Peter Hirshberg: The Web and TV, a sibling rivalry

Peter Hirshberg sobre TV e a web

18,874 views ・ 2008-09-05

TED


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Tradutor: Rosana Hermann Revisor: Rina Noronha
Bem, bom dia.
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Sabe, recentemente o computador e a televisão, ambos fizeram 60 anos
e hoje eu gostaria de falar da relação entre eles.
Apesar da meia-idade dos dois, se você tem acompanhado os temas
desta conferência ou a indústria do entretenimento,
fica bem claro que um tem provocado o outro.
Já está na hora de conversarmos sobre como o computador emboscou a televisão.
Ou, porque a invenção da bomba atômica
liberou forças que conduziram à greve dos roteiristas.
E não é apenas o que eles estão fazendo um ao outro,
mas é o que o público acha que realmente delimita essa questão.
Para termos uma noção disso,
que foi um tema recorrente durante toda a semana,
recentemente eu conversei com alguns pré-adolescentes
eu escrevi em cartões: televisão, rádio, MySpace, Internet PC.
E disse, coloquem na ordem, do que é mais importante pra vocês
até o que é menos, e me digam por quê.
Vamos ouvir que acontece quando eles chegam na parte
da discussão sobre a televisão.
Vídeo: Bom, eu acho que ela é importante mas, tipo, não é necessária
porque você pode fazer mil outras coisas com seu tempo livre em vez de assistir programas.
Qual é mais divertida? Internet ou TV?
Internet.
Eu acho que nós, as razões, uma das razões de colocarmos computador antes da TV
é porque hoje em dia, tipo, nós temos programas de TV no computador.
Ah, é.
E aí você pode baixá-los no seu iPod.
Você gostaria de ser a presidente de uma rede de TV?
Eu não gostaria.
Deve ser muito estressante.
Não.
Como não?
Porque, qualquer hora eles vão perder todo o dinheiro deles.
Tipo a bolsa, sobe e desce e tal.
Eu acho que agora os computadores ficarão por cima
e tudo vai, tipo, cair e tal.
Peter Hirshberg: Existe uma relação instável entre o negócio da TV
e o negócio da tecnologia, desde que ambos completaram 30.
Atravessamos períodos de deslumbramento
seguidos por reações nas diretorias na comunidade financeira
melhor descritas por, qual é o termo financeiro? Ick pooey.
Deixem eu dar um exemplo disso. O ano é 1976,
e a Warner compra a Atari porque os video games estão em alta.
No ano seguinte eles seguem em frente e lançam o Qube,
o primeiro sistema de TV a cabo interativo,
e o New York Times publica isso
enquanto as telecomunicações estão chegando aos lares,
a convergência, coisas formidáveis estão acontecendo.
Todo mundo na Costa Leste americana entrando em cena,
Citicorp, Penney, RCA, todos aderindo a essa grande visão.
A propósito, é nessa época que eu também entro em cena,
Eu estou indo fazer uma especialização de verão na Time Warner.
Nesse verão eu estou - Eu estou na Warner nesse verão --
eu estou todo animado por estar trabalhando com convergência e então, o chão desaba.
A coisa não funciona muito bem pra eles,e eles perdem dinheiro.
E eu tive um contato feliz com a convergência
até que, de certa forma, a Warner basicamente teve que cancelar a coisa toda.
E nessa hora eu saio da faculdade, e não posso trabalhar em Nova Iorque
com algo em entretenimento e tecnologia
porque eu preciso ficar exilado na Califórnia onde estão os empregos que sobraram,
quase no mar, para ir trabalhar para a Apple Computer.
Warner é claro, perdeu mais de 400 milhões de dólares.
400 milhões de dólares, o que era muito dinheiro nos anos 70.
Mas eles tinham um plano e eles melhoraram ainda mais.
Lá pelo ano 2000 o processo estava perfeito. Eles se fundiram com a AOL,
e em apenas quatro anos conseguiram perder em torno de 200 bilhões de dólares
de capitalização de mercado, mostrando que eles haviam realmente dominado a arte
de aplicar a Lei de Moore da miniaturização sucessiva
ao balanço da empresa.
(Risos)
Agora, eu acho que a razão pela qual a mídia e as comunidades de entretenimento,
ou a comunidade da mídia, está ficando maluca com a comunidade da tecnologia
é que o pessoal da tecnologia fala diferente.
Vocês sabem, há 50 anos a gente fala em mudar o mundo,
sobre a transformação total.
Há 50 anos, falamos de esperanças e medos
e -- e promessas de um mundo melhor, e eu fico pensando,
vocês sabem, quem mais fala desse jeito?
E a resposta é bem clara,
são as pessoas ligadas à religião e à política.
E então eu percebi que na verdade o mundo tecnológico é melhor descrito,
não como um ciclo de negócios mas como um movimento messiânico.
Nós prometemos algo grandioso, nós o evangelizamos.
nós vamos mudar o mundo,a coisa não funciona muito bem,
e então nós voltamos à fonte e começamos tudo de novo.
enquanto as pessoas em Nova Iorque e Los Angeles. olham com absoluto espanto mórbido.
Mas é essa visão irracional das coisas que nos leva ao próximo passo.
Então, o que eu gostaria de perguntar é, se o computador está se tornando uma ferramenta essencial
da mídia e entretenimento, como chegamos até aqui?
Quero dizer, como uma máquina que foi construída para contabilidade
e artilharia se metamorfoseou em mídia?
É claro, o primeiro computador foi construído logo depois da Segunda Guerra Mundial
para resolver problemas militares, mas as coisas ficaram realmente interessantes
alguns anos depois, 1949 com o Whirlwind.
Construído no laboratório Lincoln do MIT, Jay Forester estava construindo-o para a marinha
mas você não pode deixar de ver que o criador dessa máquina tinha em mente
uma máquina que conseguiria na verdade ser uma estrela da mídia em potencial.
Então dê uma olhada no que acontece quando o principal jornalista
dos primórdios da televisão encontra um dos principais pioneiro dos computador,
e o computador começa a se expressar.
Vídeo: É um computador eletrônico Whirlwind.
Com uma trepidação considerável
nós nos comprometemos a entrevistar esta nova máquina.
Olá Nova York, aqui é Cambridge.
E este é o osciloscópio do computador eletrônico Whirlwind.
Você gostaria que eu usasse esta máquina?
Sim, claro. Mas eu tenho uma ideia, Sr. Forrester.
Uma vez que o computador foi feito
em parceria com o Escritório de Pesquisa Naval
por que nós não conectamos com o Pentágono, em Washington,
e deixamos que o chefe de pesquisa da Marinha, Almirante Bolster,
faça o teste com o Whirlwind?
Bem, Ed, esse problema envolve o foguete Viking da Marinha.
O foguete sobe até 217 km no céu.
Agora, pela taxa padrão de consumo de combustível,
eu gostaria de ver esse computador traçar a trajetória de vôo deste foguete
e ver como ele determina, a cada instante,
digamos, depois de 40 segundos, a quantidade de combustível restante
e a velocidade naquele dado instante.
Do lado esquerdo
você vai ver o consumo de combustível diminuindo enquanto o foguete é lançado
E do lado direito há uma escala
que mostra a velocidade do foguete.
A posição do foguete é mostrada pela trajetória
que estamos vendo agora.
Ao alcançar o pico de sua trajetória,
a velocidade, você vai notar, caiu a um valor mínimo.
Então o foguete mergulha para baixo e a velocidade aumenta novamente
rumo à velocidade máxima e o foguete atinge o solo.
Que tal?
Que tal, Almirante?
Me parece muito bom.
E antes de ir embora nós gostaríamos de mostrar um outro tipo de
problema matemático no qual alguns dos rapazes trabalharam
durante o tempo livre, num clima descontraído de um domingo à tarde.
Obrigado mesmo, Sr. Forrester e ao Laboratório do MIT.
PH: Sabe, tanta coisa aconteceu. A primeira interação em tempo real,
o display de vídeo, a arma apontada. Isso nos levou ao primeiro micro-computador,
mas infelizmente era muito caro para a Marinha,
e tudo isso teria se perdido
se não fosse por uma feliz coincidência.
Que entre a bomba atômica.
Somos ameaçados pela maior arma que já existiu,
e sabendo reconhecer uma coisa boa ao vê-la,
a Força Aérea decidiu que precisava do maior computador de todos para poder nos proteger
Eles adaptam o Whirlwind para um sistema massivo de defesa,
posicionam as tropas pelo norte gelado,
e gastam cerca de três vezes mais neste computador
do que foi gasto no Projeto Manhattan
construindo a Bomba Atômica.
Isso sim foi uma injeção de ânimo para a indústria de computadores.
E você pode imaginar que a Força Aérea se tornou um ótimo vendedor.
Aqui está o vídeo de divulgação deles.
Video: num ataque massivo, bombardeadores de alta velocidade poderiam nos acertar
antes que pudéssemos determinar suas rotas.
E então seria tarde demais para agir.
Não podemos nos dar ao luxo de assumir tal risco.
É para ir de encontro à esta ameaça que a Força Aérea desenvolveu o SAGE.
o Sistema de Defesa Terrestre Ambiental Semi-automático
para fortalecer nossas defesas aéreas.
Este novo computador, criado para ser o sistema nervoso de uma rede de defesa,
é capaz de resolver todos os complexos problemas matemáticos
envolvidos no cálculo de um ataque aéreo massivo do inimigo,
Ele está equipado com sua própria central de força,
contendo grandes geradores movidos a diesel,
equipamento de ar condicionado e torres de resfriamento,
necessárias para resfriar milhares de válvulas no computador
PH: Sabe, este computador era enorme.
E ele nos traz uma lição de marketing interessante,
que é basicamente quando você vai 'marketar' um produto
e você pode ou dizer, isso vai ser maravilhoso,
ele vai fazer você se sentir melhor e mais vivo,
ou você tem uma outra proposta de marketing, se você não usar o produto você vai morrer.
Este é realmente um bom exemplo disso.
Esse tinha o primeiro dispositivo com seta para apontar. Era distribuido,
e deu certo, computação distribuída e modems,
assim todas essas coisas podiam conversar entre si.
Cerca de 20 por cento de todos os programadores do país estava envolvidos nesse negócio
o que gerou uma grande parte do que temos hoje. Ele também usava tubos á vácuo.
Vocês viram como era imenso, e para dar uma noção disso,
já que falamos muito sobre a Lei de Moore e na miniaturização das coisas
nesta conferência, então vamos falar sobre a ampliação das coisas.
Se nós pegássemos o Whirlwind e o colocássemos num lugar que todos vocês conhecem,
digamos, o centro comercial Century City, ele caberia perfeitamente.
Você teria que tirar o centro comercial de lá, mas ele caberia lá.
Mas, vamos imaginar que a gente pegue o mais novo processador Pentium
o mais recente Core 2 Extreme, que é um processador quad-core
que a Intel está produzindo, ele será nosso laptop de amanhã.
Para construir isso, eis o que teríamos que fazer com a tecnologia Whirlwind,,
teríamos que cobrir aproximadamente, toda a área entre as estradas 10 e a Mulholland,
e da 405 até La Cienega com computadores Whirlwind.
E mais as 92 usinas nucleares
que teriam que fornecer toda a energia
cobririam todo o resto da cidade de Los Angeles.
Isso corresponde a cerca de um terço de toda a energia nuclear produzida pela França.
Assim, da próxima vez que eles disserem que estão chegando a alguma coisa, eles claramente não estão.
E nós ainda nem calculamos o quando vamos precisar de refrigeração pra isso.
Mas isso dá uma idea do tipo de poder que as pessoas têm, e que o público tem,
e as razões que fazem com que essas transformações aconteçam.
Todas essas coisas começam a chegar à indústira,
a DEC reduz tudo isso e cria o primeiro mini-computador.
Ele aparece em lugares como o MIT e depois uma mutação acontece.
Cria-se o Spacewar, o primeiro jogo de computador, e de repente,
a interatividade e o envolvimento e a paixão se juntam.
Na verdade, muitos alunos do MIT ficaram a noite toda acordados trabalhando nesse negócio,
e muitos dos princípios dos jogos de hoje foram descobertos.
A DEC sabia muito sobre desperdício de tempo.
Ela distribuiiu cada um de seus computadores com esse jogo.
Enquanto isso, tudo isso está acontecendo, em meados dos anos 50
e o modelo de negócio de broadcasting traidiconal e de cinema
foram totalmente destruídos.
Uma nova tecnologia confundiu os homens de rádio e os magnatas do cinema
e eles têm quase certeza que a televisão vai acabar com eles.
Na verdade, o desespero está no ar.
E uma citação que soa bastante reminiscente
de tudo que eu tenho lido durante a semana -
a RCA e David Sarnoff que basicamente comercializam rádio,
disseram isso, "eu não acho que as redes de rádio devem morrer,
todos os esforços tem sido feitos e continuarão sendo feitos
para encontrar um novo padrão, uma nova configuração de vendas
e novos tipos de programas que possam deter os lucros declinantes.
Talvez ainda seja possível suprir uma existência pobre para o rádio,
mas eu não sei como."
E claro, enquanto a indústria de computadores se desenvolve interativamente,
os produtores no negócio emergente da TV têm a mesma ideia.
E imitam.
Vídeo: Meninos e meninas, eu acho que todos vocês sabem como colocar suas janelas mágicas
na sua tv, basta retirá-las...
Primeiro você pega o seu kit Winky Dink
Pega a sua janela mágica e sua luva de apagar e esfrega assim.♫
É assim que vamos fazer a nossa mágica aqui, meninos e meninas,
Agora você a pega e a coloca na tela de seu aparelho de tv
e a esfrega do centro para os cantos, assim.
E tenha sempre à mão seus gizes de cera mágicos, os gizes de cera Winky Dink
e sua luva de apagar
porque você vai usá-los o tempo todo durante o programa para desenhar.
Prontos? Ok. Vamos começar com a primeira história sobre o Homem Empoeirado.
Vamos para o laboratório secreto.
PH: Era o nascimento da TV interativa, e você deve ter notado
que eles queriam vender os kits Winky Dink pra você.
Esses eram os gizes de cera Winky dink. Eu sei o que você vai dizer,
"Pete, eu poderia usar qualquer giz de cera comum, open-source,
por que eu tenho que usar o deles?"
Eu garanto, não é o caso.
Acontece que eles disseram de forma direta que aqueles era o único giz de cera
que você deveria usar com sua janela mágica Winky Dink
qualquer outro giz de cera podia descolorir ou estragar a janela.
Esse princípio proprietário de venda casada
que continuaria a ser aperfeiçoado com grande sucesso
como um dos princípios mais duradouros de sistemas de janelas em todo lugar
E que gerou processos.
(risos)
investigações federais e muita repercussão,
mas esse é um escândalo que não vamos discutir hoje.
Mas vamos discutir esse escândalo, porque este homem, Jack Berry, o apresentador do Winky Dink,
acabou se tornando o apresentador de "21", um dos mais importantes quiz shows que já existiram.
Que foi fraudado, e que foi revelado quando este homem,
Charles van Dores, foi desmascarado depois de uma vitória não natural
que acabou com a carreira de Berry.
E, na verdade, acabou com a carreira de muita gente na CBS.
No final havia muito a ser aprendido
sobre a forma com que essa nova mídia funciona.
E há 50 anos, se você estivesse numa reunião como esta
e estivesse tentando entender o meio,
havia um profeta e só uma pessoa que você gostaria de ouvir,
o Professor Marshall McLuhan.
Ele realmente entendia alguma coisa sobre um tema
que nós discutiamos a semana toda. É o papel do público
na era da comunicação eletrônica persuasiva.
Aqui está ele falando direto dos anos 60.
Vídeo: se o público consegue se envolver no processo real de
fazer o comercial, ele fica feliz. É como nos velhos programas de perguntas,
era uma TV ótima, porque dava ao público um papel, algo pra fazer.
Eles ficaram horrorizados quando descobriram
que foram deixados de fora o tempo todo porque os programas eram fraudados.
E esse foi um erro terrível da TV
da parte dos programadores.
PH: Sabe, McLuhan falava da aldeia global.
Se você subtituir a palavra blogosfera da Internet hoje
é fato que a visão dele é provavelmente
muito esclarecedora ainda agora. Vamos ouví-lo.
Video: a aldeia global é um mundo
onde você não necessariamente tem harmonia.
você tem uma preocupação extrema com os negócios alheios,
e muito envolvimento na vida dos outros.
É um tipo de 'consultório sentimental' tamanho grande,
E isso não significa necessariamente, paz e harmonia
mas significa um envolvimento imenso nas questões alheias.
E assim a aldeia global é grande como um planeta.
e pequeno como a agência de correio de um vilarejo.
PH: Falaremos um pouco mais sobre ele mais tarde.
Agora nos estamos bem nos anos 60.
É a era dos grandes negócios e data centers de computação.
Mas tudo isso estava pronto para mudar.
Sabe, a expressão da tecnologia
reflete as pessoas e a era da cultura em que foi desenvolvida.
E quando eu digo que o código expressa nossas esperanças e aspirações,
não é só uma piada sobre messianismo, é o que fazemos de fato.
Mas pra essa parte da história eu gostaria de chamar
o correspondente de tecnologia líder na América, John Markoff.
Vídeo: Vocês querem saber o que a contra-cultura
das drogas, sexo, rock'n'roll e o movimento anti-guerra
tinham a ver com computação? Tudo.
Tudo aconteceu num raio de oito quilômetros de onde eu estou,
na Universidade de Stanford, entre 1960 e 1975.
No meio da revolução nas ruas
e dos shows de rock'n'roll nos parques,
um grupo de pesquisadores liderados por pessoas como John McCarthy,
um cientista em computação no Laboratório de Inteligência Artificial de Stanford,
e Doug Engelbart, um cientista em computação da SRI, mudaram o mundo.
Engelbart saiu de uma cultura de engenharia bastante árida,
mas enquanto ele começava a fazer seu trabalho
tudo isso estava borbulhando na Península central.
Havia o LSD vazando dos experimentos do Hospital de Veteranos de Keasey,
e outras áreas em torno do campus,
e havia música literalmente nas ruas.
O Grateful Dead tocava em pizzarias,
As pessoas estavam voltando para o interior,
Havia a Guerra do Vietnã, havia a liberação negra,
e a liberação das mulhers.
Foi um lugar extraordinário numa época extraordinária.
E no meio dessa fermentação veio o microprocessador.
Eu acho que foi a interação que levou ao computador pessoal.
Eles viram essas ferramentas que eram controlados pelo 'establishment'
como coisas que poderiam ser liberadas e disponibilizadas
para essas comunidades que eles estavam tentando construir.
E o mais importante, eles tinham esse espírito de compartilhar informação.
Eu acho que essas ideias são difíceis de compreender,
porque quando você está preso a um paradigma,
o paradigma seguinte é como um universo de ficção científica, não faz sentido
Essas histórias são tão impactantes que eu decidi escrever um livro sobre elas.
O título do livro é, "What the Dormouse Said:
How the '60s Counterculture Shaped the Personal Computer Industry.
O título foi tirado da letra
de uma canção da banda Jefferson Airplane. Diz assim:
"Lembre-se do que disse o arganaz,
alimente sua mente, alimente sua mente, alimente sua mente." ♫♪♫♪
PH: Nessa época a computação havia saltado no território da mídia
e logo, grande parte do que estamos fazendo hoje foi concebido
em Cambride e Silicon Valley.
Aqui está o Grupo de Arquitetura de Máquina,
o precursor do Media Lab em 1981.
Enquanto isso, na Califórnia, tentávamos comercialiar essas coisas.
HyperCard foi o primeiro programa
a apresentar o público aos hiperlinks,
onde você podia randomicamente se conectar a qualquer tipo de imagem,
texto ou dado num arquivo de sistema,
e não tínhamos como explicar nada disso.
Não existia metáfora. Era uma base de dados?
Um protótipo de ferramenta, uma linguagem de programação?
Que diabos, era tudo. Então nós escrevemos uma apostila de marketing.
Fizemos uma pergunta sobre como a mente funciona,
e deixamos nossos usuários fazerem o papel dos sábios cegos descobrindo o elefante.
Alguns anos mais tarde, nós tivemos a ideia
de explicar às pessoas o segredo de como conseguir o que você quiser,
do jeito que você quiser de uma forma fácil?
Aqui está o vídeo de marketing da Apple
Vídeo: Você vai gostar de saber, tenho certeza, de que existem várias formas
de criar um vídeo interativo HyperCard.
O método mais complexo é ir em frente
e produzir seu próprio videodisco
bem como construir sua própria pilha de HyperCards.
De longe o método mais simples é comprar um videodisco pré-fabricado
e pilhas de HyperCard de um fornecedor comercial.
O médoto que mostramos nesse vídeo
usa um videodisco pré-fabricado, mas cria pilhas customizadas de HyperCards
Este método permite que você use materiais existentes no videodisco
de maneiras que se adequem a seus necessidades e interesses específicos.
PH; Eu espero que você tenha percebido quanto isso é subversivo.
É como um discurso do Dick Cheney.
Você acha que ele é um cara simpático ficando careca, mas ele acabou de declarar guerra.
ao negócio do conteúdo. Encontre a parte comercial,
misture tudo, conte a história do seu jeito.
Agora, contanto que confinássemos tudo isso ao mercado educacional,
e a questão pessoal entre o computador e o sistema de arquivos,
ótimo, mas como você vê, a coisa estava prestes a saltar e cpreocupar Jack Valenti
e várias outras pessoas.
Aliás, por falar em sistema de arquivos, nunca nos ocorreu
que esses hyperlinks pudesser ir além da área local de trabalho.
Alguns anos depois Tim Berners-Lee resolveu a questão.
E virou um aplicativo revolucionário de links e hoje, claro,
nós a chamamos de World Wide Web.
Agora, não somente eu fui essencial ajudando a Apple a deixar a Internet escapar,
como alguns anos depois eu também ajudei Bill Gates a fazer o mesmo.
O ano é 1993.
E ele estava trabalhando num livro e eu trabalhando num vídeo
para ajudá-lo a explicar para onde estávamos indo e como popularizar tudo aquilo.
Nós estávamos bem cientes de que estávamos mexendo com a mídia
e superficialmente parece que prevímos várias coisas de forma correta,
mas também erramos muita coisa. Vamos dar uma olhada.
Vídeo: As pirâmides, o Coliseu, o sistema de metrô de Nova York,
os pratos prontos, maravilhas antigas e modernas de todo o mundo criado pelo homem.
Contudo cada uma se apaga até a insignificância com a finalização
da conquista magnífica da tecnologia do século 21,
a Superautoestrada Digital!
Ela já foi apenas um sonho de profissionais de tecnologia e alguns políticos há muito esquecidos
A Superautoestrada Digital chegou às salas de estar da America no final do século 20
Vamos recordar os pioneiros que tornaram essa maravilhosa técnica possível.
A Superautoestrada Digital seguiria a trilha
inicialmente marcada por Alexandre Graham Bell.
Apesar da incredulidade de alguns - a companhia telefônica!
Agitada pela expectativa de comunicação de massa
e de lucros altos em publicidade.
Davida Sarnoff comercializa o rádio.
Nunca os cientistas haviam sido expostos a tanta pressão e demanda.
O meio introduziu a América a novos produtos.
Diga, Mamãe, Windows para o Rádio significa mais alegria
e mais facilidade para toda a família.
Não deixe de desfrutar do Windows for Radio em casa e no trabalho.
Em 1939, a Radio Corporation of America (RCA) introduziu a televisão.
Nunca os cientistas haviam sido expostos a tanta pressão e demanda.
Eventualmente a corrida para o futuro se acelerou
com a queda a companhia telefônica.
E os maiores estímulo vieram
com a desregulamentação da indústria da televisão à cabo.
e a re-regulamentação da indústria da televisão à cabo.
Nós trabalhamos para construir tudo isso, essa indústria a cabo,
e agora as emissoras querem nosso dinheiro. Quer dizer, isso é ridículo.
Computadores, que já foram ferramentas complicadas de contadores e outros geeks,
escaparam das salas dos fundos para entrarem nas mídias.
O mundo e toda sua cultura reduzida a bits,
a língua franca de todos os meios.
E as forças da convergência explodiram.
Finalmente, quatro grandes setores industriais unidos.
Telecomunicações, entretenimento, computação e tudo mais.
Vamos ver canais para gourmets
e vamos ver canais para os amantes dos animais.
Depois o canal gourmet para animais,
bolos de aniversário decorados para seu schnauzer.
Toda a indústira estava atuando enquanto os investidores se juntavam para fazerem suas apostas.
Em jogo, a batalha por você, o consumidor,
e o direito de gastar bilhões para mandar muita informação até os salões da América. ♫♫♪♪♫
PH: Nós deixamos escapar muita coisa. Sabe, você deixou, nós deixamos a Internet escapar.
o long tail, o papel do público, o sistema aberto, as redes sociais.
Isso só prova como é difícil descobrir os usos certos dos meios.
Thomas Edison teve o mesmo problema.
Ele escreveu uma lista de possíveis usos para o fonógrafo quando ele o inventou,
e praticamente só uma das ideias dele
acabou sendo a ideia correta original.
Bem, você sabe para onde vamos daqui.
Vamos para a era ponto com, a World Wide Web
e eu não preciso contar nada sobre isso pra vocês
porque todos nós atravessamos a bolha juntos.
Mas quando saímos dela, para o que a gente chama de Web 2.0
as coisas realmente ficaram diferentes.
e eu acho que essa é a razão pela a TV é um desafio tão grande.
A Internet 1 se baseava em páginas e agora se baseia em pessoas.
É o cliente, o público, a pessoa que está participando.
É essa coisa formidável que está mudando o entretenimento agora.
Vídeo: Porque ela dá ao público um papel, alguma coisa para fazer.
PH: Na minha própria empresa, Technorati,
nós vemos algo como 67.000 posts em blogs chegando a cada hora.
Isso significa 2.700 novos links de conexão,
em cerca de 112 milhões de blogs por aí.
Nâo é de se admirar que ao avançarmos com a greve dos roteiristas coisas estranhas aconteçam.
Você sabe, isso me lembra aquele velha máxima de Hollywood
que diz que um produtor é qualquer um que conhece um roteirista.
Acho que agora um chefe de uma rede é qualquer um que tenha um cable modem.
Mas não é piada. É uma manchete real.
"Website atraem roteiristas em greve."
"Operadores de sites como MeuMalditoCanal.com
podem se beneficiar de disputas trabalhistas."
Enquanto isso, você tem blogueiros de TV entrando em greve
em apoio aos roteiristas de televisão.
E você tem o TV Guide, que pertence à Fox,
que está quase patrocinando os prêmios online de vídeo,
mas cancelam em apoio à televisão tradicional
para não parecer constrangedor.
Para mostrar como tudo isso é esquizofrênico,
aqui está o chefe do MySpace, ou Fox Interactive, uma empresa do grupo News Corp,
sendo questionado, bem, se a greve dos roteiristas,
não vai atrapalhar a News Corp e ajudá-lo na parte online?
Vídeo: Mas eu, sim, eu acho que há uma oportunidade com a continuidade da greve,
existe uma oportunidade para que mais pessoas experimentem
os vídeos em lugaers com a TV MySpace.
PH: Ah, mas então ele se lembra que trabalha para Rupert Murcoch.
Vídeo: Sim, bem, antes de tudo, sabe, eu sou parte da News Corporation
e parte do Grupo Fox de Entretenimento
obviamente nós esperamos que a greve,
que as questões sejam resolvidas o mais rápido possível.
PH: Uma das coisas incríveis que estão ocorrendo aqui
é que a globalização de conteúdo realmente está acontecendo.
Aqui está um clip de um vídeo, um trecho de uma animação
que foi escrita por um roteirista de Hollywood,
animação que foi realizada em Israel, levada para Croácia e Índia
e agora virou uma série internacional.
Vídeo: O episódio acontece em algum lugar entre os minutos das 2:15 p.m. e 2:18 p.m.
nos meses que precedem as eleiões primárias presidenciais.
Você vai ter que ficar aqui na casa segura
até que tenhamos certeza de que a ameaça terrorista acabou.
Você quer dizer que vamos ter que morar aqui, juntos?
Com ela?
Bem, lá vai a nossa vizinhança.
PH: A empresa que criou isso, Aniboom, é um exemplo interessante,
de onde isso vai. O custo tradicional da animação para TV é de algo,
entre 80.000 e 10.000 dólares por minuto.
Eles estão produzindo coisas por algo entre 1.500 e 800 dólares por minuto
E eles estão oferecendo aos criadores 30% da venda final
de uma forma muito mais empreendedora. Portanto, é um modelo diferente.
As coisas com as quais o negócio do entretenimento está se debatendo,
o mundo das marcas está compreendendo.
Por exemplo, a Nike agora entende que o Nike Plus não é apenas um dispositivo num tênis,
é uma rede para amarrar seus clientes todos juntos.
E o diretor de marketing da Nike diz que as pessoas estão entrando no nosso site
uma média de três vezes por semana. Nós não temos que ir a eles
o que significa que a publicidade em televisão diminuiu em 57% para a Nike.
Ou, como disse o diretor de marketing da Nike,
"Nosso negócio não é manter as empresas de mídia vivas.
Nosso negócio é nós conectarmos com os consumidores."
E as empresas de mídia percebem que o público também é importante.
Aqui está um homem anunciando que o nova Market Watch da Dow Jones,
movido cem por cento pela experiência do usuário na homepage,
conteúdo gerado pelo usuário em conjunto com conteúdo tradicional.
O resultado é uma audiência maior e mais interessante se você se conectar com eles.
Ou, como uma vez Geoffrey Moore me disse,
é a curiosidade intelectual, é essa a troca que as marcas precisam
na era da blogosfera.
E eu acho que isso está começando a acontecer no negócio do entretenimento.
Uma das minhas heroínas é a compositora, Allie Willis,
que acabou de compor "A cor púrpura" e ela sempre compôs
rhythm and blues, e isso foi o que ele disse sobre
para onde vai a composição:
Ally Willis: Somos milhões de colaboradores querendo a canção,
porque olhar pra eles apenas como 'spam'
é equivocar-se sobre o que significa esse meio.
PH: Então, para juntar tudo, eu adoraria voltar a Marshall McLuhan
que há 40 anos, estava lidando com um público
que atravessava tantas mudanças quanto hoje,
e eu acho que hoje, a Hollywood tradicional,e os autores,
estão estruturando tudo isso da mesma forma que foi feita antes,
Mas eu não preciso dizer a vocês, vamos devolver pra ele.
Vídeo: Nós estamos no meio de um tremendo choque entre o velho e o novo.
O meio afeta as pessoas
e quase sempre elas não tem consciência disso.
Elas realmente não percebem o novo meio que as está envolvendo.
Elas pensam no meio antigo
porque o meio antigo é sempre o conteúdo do meio novo
assim como os filmes tendem a ser conteúdo da TV,
assim como livros eram conteúdo,
romances eram conteúdos dos filmes.
E assim, toda vez que um novo meio chega,
o meio antigo é o conteúdo, e é muito perceptível,
muito visível, mas a fricção e a massagem
é feita pelo meio novo, e isso, é ignorado.
PH: Eu acho que essa é uma era fascinante.
Muito material de DNA puro da mídia e comunicação
foi mostrado aqui. O conteúdo está se movendo dos programas para partículas
que são chacoalhadas pra lá e pra cá, como parte da comunicação social
e eu acho que essa vai ser uma era de grande renascimento e oportunidade.
E se de um lado a televisão está sendo golpeada,
o que se está sendo construído é realmente uma nova e excitante forma de comunicação
e de certa forma nós temos a fusão das duas indústiras
e uma nova forma de pensar para olhar pra isso.
Muito obrigado.

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